Shaft
“A empresa realizou um investimento importante em exploração mineral para viabilizar os recursos que estão na parte mais profunda da jazida de Pilar, já que sabemos que temos minério até a cota -1.500, o que corresponde a aproximadamente 2.000 metros de profundidade. Com o novo shaft, será possível atingir 1.500 metros de profundidade, assim, o saldo de 500 metros restante das reservas conhecidas será acessado utilizando caminhões. Ou seja, o propósito do projeto é maximizar a viabilidade econômica da explotação destes minérios que estão na profundidade .”, esclarece Marcus Graciano, Diretor Executivo da EroBrasil Caraíba.
Sobre redução de custo e ganho de tempo, Marcos complementou, “hoje, nós gastamos cerca de uma hora e meia para deslocar os(as) colaboradores(as) até a parte mais profunda da mina. Com isso, em um turno de 6h, quase metade do tempo é gasto com locomoção. Com o Novo Shaft, vamos ganhar agilidade no deslocamento dos(as) colaboradores(as). Além do mais, substituir o transporte de minério via caminhões por içamento garantirá um custo mais baixo de produção, além de contribuir com a diminuição do consumo de diesel no subsolo, trazendo impactos positivos na qualidade do ar, temperatura do ambiente e reduzindo possíveis riscos de acidentes.”.
O projeto está sendo conduzido pelas empresas Master Drilling, que atuou na escavação inicial, por meio do método de raise boring, e a UMS que está executando o alargamento da escavação, aprofundamento e equipagem do shaft. A conclusão do Novo Shaft também está relacionada a outros projetos, como a planta de refrigeração, que está parcialmente concluída (fases 1 e 2), a fase 3 será concluída junto à entrega do Shaft. Essas entregas assegurarão melhorias no sistema de ventilação de mina subterrânea como um todo.
“O Shaft está dividido em três partes para efeito de escavação. A primeira parte já está escavada entre a superfície e a cota +250. A segunda parte entre a cota +227 e a cota -500 está com o raise escavado, mas com o alargamento ainda pendente e a terceira e última perna, entre as cotas -520 e -1104, está na fase de escavação do raise que será posteriormente alargado.”, conclui o Diretor.
Modernização da planta com a adição de uma terceira unidade de moagem e a introdução da avançada Célula Jameson na flotação
O diretor explicou ainda que o desafio principal é oriundo da variação dos teores, que é um evento natural e obedece a lógica de lavra (os minérios mais ricos são lavrados primeiramente). Dessa forma, para entregarmos a produção comunicada (metal) seria necessário processarmos uma quantidade maior de material, por isso a preparação da planta é tão importante.
“Nossas análises apontavam desafios para atingirmos a meta de produção devido à dificuldade de viabilizar os depósitos que estão no fundo da mina Pilar, que possuem teores mais altos, por isso foi importante investir em um novo shaft. Da mesma forma, na mina Vermelhos, os minérios também têm tido uma variação natural e esperada do teor. Por todos esses motivos, o projeto de Expansão da Planta se torna muito necessário, pois ampliar a massa beneficiada na usina e aumentar a recuperação metalúrgica são objetivos que garantirão a entrega do metal, caso não tenhamos em novas áreas de exploração.”, explicou Marcos.
Sendo assim, foi necessário montar uma terceira unidade de moagem, semelhante às outras duas que estavam instaladas. Já para suprir o objetivo relacionado à qualidade, foi instalada na flotação a Célula Jameson (Jameson Cell), tornando a Ero, unidade Caraíba, a primeira empresa a utilizar essa tecnologia no Brasil.
O projeto já está em operação e Marcos comentou que já é possível verificar alguns dos benefícios. “Este ano estamos trabalhando para processar cerca de 3,9 milhões de toneladas, bem próximo da capacidade prevista, e as recuperações metalúrgicas já estão confirmadas. Nós já estamos obtendo o ganho esperado, que era aumentar a recuperação.”.