Shaft
A Ero realizou um investimento estratégico na exploração mineral para viabilizar os recursos localizados nas áreas mais profundas da jazida de Pilar. Estudos indicam a presença de minério até a cota -1.500, equivalente a aproximadamente 2.000 metros de profundidade. Com a implantação do novo shaft, será possível alcançar 1.500 metros de profundidade, enquanto os 500 metros restantes das reservas conhecidas continuarão sendo acessados por caminhões. O objetivo do projeto é maximizar a viabilidade econômica da explotação desses minérios em grandes profundidades.
Além disso, a iniciativa trará benefícios operacionais significativos. Atualmente, o deslocamento dos(as) colaboradores(as) até as áreas mais profundas da mina leva cerca de uma hora e meia, comprometendo uma parte considerável do tempo de cada turno. Com o novo shaft, haverá maior agilidade no transporte, otimizando a produtividade. A substituição do transporte de minério via caminhões pelo içamento também garantirá uma redução nos custos de produção, além de diminuir o consumo de diesel no subsolo, resultando em melhorias na qualidade do ar, na temperatura do ambiente e na segurança operacional.
O projeto está sendo executado com a participação de empresas especializadas. A Master Drilling foi responsável pela escavação inicial utilizando o método de raise boring, enquanto a UMS está conduzindo o alargamento, aprofundamento e equipagem do shaft. A conclusão do novo shaft também está interligada a outros avanços, como a expansão da planta de refrigeração, cujas fases 1 e 2 já foram concluídas. A fase 3 será finalizada juntamente com a entrega do shaft, garantindo aprimoramentos no sistema de ventilação da mina subterrânea.
A escavação do shaft foi dividida em três etapas. A primeira, entre a superfície e a cota +250, já foi concluída. A segunda, entre as cotas +227 e -500, teve o raise escavado, restando o alargamento. Já a terceira e última etapa, que abrange as cotas -520 a -1.104, encontra-se na fase de escavação do raise, que posteriormente passará pelo processo de alargamento.
Modernização da planta com a adição de uma terceira unidade de moagem e a introdução da avançada Célula Jameson na flotação
A Ero Caraíba está expandindo sua capacidade de processamento de minério, elevando-a de 3,2 milhões para 4,2 milhões de toneladas por ano. Essa ampliação visa garantir o cumprimento da meta de produção inicialmente divulgada aos acionistas, que prevê uma produção média de aproximadamente 44,5 mil toneladas de metal por ano. Um dos principais desafios desse processo está na variação natural dos teores do minério, um fenômeno esperado na lógica de lavra, onde os minérios de maior concentração são extraídos primeiro. Para alcançar a produção planejada, tornou-se essencial processar uma quantidade maior de material, o que reforça a importância da preparação da planta.
Estudos apontaram dificuldades para viabilizar os depósitos localizados nas partes mais profundas da mina Pilar, onde os teores são mais elevados. Diante disso, o investimento em um novo shaft foi essencial. Na mina Vermelhos, também foi observada uma variação natural e esperada nos teores do minério, o que tornou o projeto de Expansão da Planta ainda mais necessário. O objetivo é ampliar a quantidade de minério processado na usina e melhorar a recuperação metalúrgica, garantindo a entrega da produção planejada, mesmo diante de possíveis desafios em novas áreas de exploração.
Para atender a essa demanda, foi instalada uma terceira unidade de moagem, semelhante às já existentes. Além disso, para aprimorar a qualidade do processo, a empresa adotou a tecnologia da Célula Jameson (Jameson Cell) na etapa de flotação, tornando-se a primeira operação no Brasil a utilizar essa inovação.
O projeto já está em operação, e os primeiros resultados demonstram ganhos significativos. Em 2024, a planta está operando com um processamento próximo de 3,9 milhões de toneladas, um volume muito próximo da capacidade prevista. Além disso, as melhorias na recuperação metalúrgica já estão sendo confirmadas, reforçando os benefícios da expansão.